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25/10/2012 - 14h59 | Atualizado em 04/01/2013 - 12h21
Por Geraldo Ferreira - Presidente da FENAM e do Sinmed-RN

O piso FENAM é possí­vel, viva o Piauí­!

Duas situações distintas, Rio Grande do Norte e Piauí­. Estive no dia 18 na Festa do Médico em Teresina. Lá, o Secretário da Saúde é o médico Ernani Maia e o Governador é o também médico Wilson Martins. O Sindicato dos médicos travou uma batalha que durou alguns meses pelo piso salarial da FENAM.

Foi uma greve bem articulada, comandada pelas mãos seguras de sua Presidente Lúcia, ajudada por toda sua diretoria, onde se destaca a liderança de seu antecessor na presidência, Leonardo Eulálio. No Piauí­, tal qual no Rio Grande do Norte, a luta não foi fácil. As primeiras tentativas de se mostrar que um médico não pode ganhar menos do que um juiz ou um promotor geraram as conhecidas negativas por impossibilidade econômica, lei de responsabilidade fiscal e todas as justificativas que não nos convencem, mas que educadamente temos ouvido ao longo de nossas lutas. Num determinado momento o Secretário entendeu que devia comprar a ideia do piso FENAM.

Trabalhou no plano junto com o sindicato e apresentou ao governo. A primeira reação do governador foi a conhecida evasiva de impossibilidade. Após negociações e resolvendo priorizar a saúde, resgatando essa dí­vida histórica que os empregadores têm com a categoria, o governador Wilson Martins, militante do movimento médico, onde chegou a presidir a Associação Médica do Piauí­, acatou o plano de carreira com o piso FENAM. O projeto já foi votado pela Assembleia Legislativa e está em vigor. Participaram da festa do médico, foram muito bem recebidos, cumpriram com o seu dever. Mas a saúde no Piauí­ não se resume a salário para os médicos. A rede do Programa Saúde da Famí­lia tem excelente cobertura e os hospitais estão com escalas completas e equipados.

Ah! Também não existe por lá esta tentativa de tornar o médico vilão. Quando eu conversei com o governador a respeito do RN, ele perguntou de nossas dificuldades. Quando lhe disse da greve de cinco meses e que somos governados por uma médica, ele se surpreendeu com o descaso. O secretário Ernani ficou de conversar com o nosso Secretário Isaú Gerino, porque, segundo ele, se o secretário não entender que o piso é possí­vel e não lutar por ele, é difí­cil convencer o governo. Bem, aí­ está um fato concreto, o Piauí­ entendeu a necessidade de valorizar a saúde e seu trabalhador médico. Fui ao Piauí­ parabenizar seus médicos e prestar meu reconhecimento aos seus governantes. Enquanto isso, no Rio Grande do Norte, a luta continua, vamos em frente.

* Publicado originalmente no dia 24 de Outubro de 2012 no Portal da Fenam



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