Data de publicação: Quinta, 09/10/2014, 17:48h.
Dois programas de governo com propostas distintas à saúde pública concorrem ao 2º turno das Eleições 2014. De um lado, a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) e do outro o senador Aécio Neves (PSDB). Pesquisa do Datafolha apontou que 93% dos brasileiros eleitores consideram que os serviços públicos e privados de saúde no Brasil são péssimos, ruins ou regulares. O resultado mostra que as medidas de enfrentamento para a crise da saúde tomadas pelo atual governo, cujo carro-chefe é o programa Mais Médicos, na realidade, não convenceram a população de sua eficiência.
O candidato tucano tem como proposta instituir a carreira nacional de médico para interiorização da assistência e ofertar cursos preparatórios a médicos estrangeiros para se submeterem ao Revalida. O pesedebista prometeu aprimorar o programa Mais Médicos, com a padronização da remuneração aos cubanos e criar programas de valorização e qualificação dos profissionais de saúde. Aécio, durante sabatina realizada pela Folha, em julho, afirmou que o atual governo "financia" Cuba com parte desses profissionais e os médicos estrangeiros devem ser qualificados no Brasil e passar pelo exame Revalida. O candidato também manifestou o desejo de procurar soluções para a saúde pública junto à classe médica e prometeu encarar o desafio de dar mais qualidade e menos marketing às diretrizes que nortearão o Ministério da Saúde.
A candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) promete mudar o patamar de qualidade e ampliar o atendimento dos serviços em saúde por meio da expansão do Programa Mais Médicos e a ampliação da rede de unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para atendimento de emergências. Durante programa eleitoral, a candidata do PT afirmou que pretende criar o programa “Mais Especialidades” para solucionar a fila de espera para exames e consultas no SUS.
Na visão das entidades médicas expressas em diversos processos em curso no TCU, MPT, STF e Justiça Federal, o programa Mais Médicos é uma fraude jurídica que simula ensino, onde, na verdade, é trabalho, importa trabalhadores e não permite sequer a averiguação da qualificação profissional, sonega direitos trabalhistas e usa a saúde como disfarce para financiar a ditadura cubana. O Mais Especialidades seria a continuação da política escapista, já que não incorpora ações definitivas para o setor, como criação de plano de cargos e carreira e piso salarial FENAM.
Na quarta-feira (08), as instituições médicas foram convidados a participar de ato público no Memorial JK - primeiro grande evento de apoio à candidatura de Aécio ao 2º turno. Na ocasião, os candidatos que não foram eleitos Pastor Everaldo (PSC) e Eduardo Jorge (PV) manifestaram apoio político ao mineiro. Estavam presentes no evento os dois grandes defensores da classe médica, o agora senador Ronaldo Caiado (DEM) e, o deputado federal reeleito Mandetta (DEM). O presidente da FENAM, Geraldo Ferreira, esteve presente junto aos muitos médicos, sinalizando que a categoria está atenta às propostas dos presidenciáveis.
Fonte: FENAM
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