Data de publicação: Quinta, 07/08/2014, 22:46h.
Os psiquiatras e representantes da FENAM, Edson Gutemberg e Mário Ferrari, e o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo, tiveram audiência com o secretário executivo do Ministério da Saúde, Fausto Pereira dos Santos, em Brasília, para discutir a necessidade de uma política pública de saúde mental mais eficiente e a falta de medicamentos de baixo custo.
Segundo o presidente da ABP, medicamentos que não possuem mais o direito de patente e que são muito baratos estão sendo retirados do mercado, quando, ainda segundo o presidente, poderiam ser feitos por qualquer laboratório. "A retirada desses medicamentos levam a um prejuízo muito grande para a população carente”, pontuou Antônio Geraldo.
A descontinuidade do tratamento, acarretada pela falta de medicamentos e de um sistema público ambulatorial, foi questionad pelo diretor da FENAM, Edson Gutemberg. "Essas questões precisam ser resolvidas a fim de evitar que esses pacientes terminem todos sendo conduzidos à internação, o que encarece, cronifica e gasta muito mais”, frisou.
Sobre os serviços de saúde mental oferecidos pelo Estado, Antônio Geraldo citou, como exemplo, o número elevado de detentos que carecem de atendimento. “Nós temos mais de 60 mil doentes mentais na cadeia e não há um programa de saúde prisional adequado para atender essa população que lá está, transformando as cadeias nos novos manicômios”, disse.
O encontro no Ministério da Saúde foi classificado como positivo pelo diretor de Finanças da FENAM. “A nossa audiência demonstra a importância dessa parceria que a FENAM está estabelecendo com as sociedades de especialidades”, afirmou Mário Ferrari.
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