Data de publicação: Quinta, 17/07/2014, 11:16h.
Melhorias para a saúde pública no Brasil. Esse foi o tema central da reunião com o candidato do PSDB à presidência da República, o senador Aécio Neves (MG), com os líderes das entidades médicas: Geraldo Ferreira e Florentino Cardoso. O encontro no Congresso Nacional ocorreu no final da tarde de quarta-feira (16), em Brasília, e foi promovido pelo deputado federal Henrique Mandetta (DEM-MS).
Na ocasião, a Federação Nacional dos Médicos (FENAM) e a Associação Médica Brasileira (AMB) defenderam a transformação do programa Mais Médicos em um programa “Mais Saúde”. As entidades explicaram que defendem que hajam médicos em todos os municípios brasileiros, mas que hajam também mais enfermeiros, mais dentistas, mais psicólogos e outros profissionais de saúde. Além disso, a FENAM e a AMB afirmaram que o Mais Saúde precisa ter mais investimentos no setor.
Com relação ao programa Mais Médicos, o presidenciável apresentou como proposta de governo a oferta de cursos preparatórios aos médicos estrangeiros para realização do Revalida, além da padronização da remuneração – ponto crítico de discriminação em relação aos cubanos.
Mais cedo, durante sabatina realizada pela Folha, pelo portal UOL, pelo SBT e pela rádio Jovem Pan, o mineiro afirmou que não aceitará as regras do governo cubano para pagamento no Mais Médicos. Ele disse aos jornalistas que esse acordo terá que ser refeito. O senador também afirmou que o atual governo "financia" Cuba com parte desses profissionais e os médicos estrangeiros devem ser qualificados no Brasil e passar pelo exame Revalida.
DIÁLOGO COM A CLASSE MÉDICA
Durante o encontro com a FENAM e a AMB, o presidenciável Aécio Neves reafirmou ainda o desejo de procurar soluções para a saúde pública junto à classe médica e prometeu encarar o desafio de dar mais qualidade e menos marketing nas diretrizes que nortearão o Ministério da Saúde.
“Esse diálogo continuará a ser aprofundado durante a campanha eleitoral e, no que depender de mim, será consolidado após as eleições. Nós só vamos poder enfrentar o problema da saúde pública dialogando, não impondo medidas e nem tendo o marketing como objetivo maior do que a melhora na qualidade do atendimento da saúde pública”, declarou o presidenciável.
O presidente da FENAM, Geraldo Ferreira, esclareceu que o encontro foi a primeira reunião com os candidatos da oposição que tenham compromisso com a saúde pública brasileira. A agenda segue decisão tomada no Congresso Extraordinário Charles Damian da FENAM, que definiu oposição à presidenta Dilma. “O Marketing do Mais Médicos usa mão de obra análoga à escravidão e também de profissionais que não se submeteram ao Revalida. Esse programa é um engano à população, pois não oferece profissionais capacitados na medida em que eles não foram avaliados. Então, é preciso avançar para Mais Saúde”, ressaltou o presidente da FENAM.
O presidente da AMB, Florentino Cardoso, reforçou o desejo da classe médica em voltar a dialogar com o governo federal . “Nós sempre estivemos abertos aos convites e é bastante notório que o governo que aí está não quer diálogo com a classe médica brasileira. Nós sempre nos colocamos à disposição para ajudar e estamos vendo no candidato Aécio Neves a oportunidade de construir um Brasil muito melhor do que o que temos hoje”, declarou Florentino.
“Uma reunião histórica que é a reabertura do diálogo da classe médica. Reabertura de diálogo que é o que a classe médica vem pedindo e se oferecendo durante todo esse tempo em que o governo pautou, por ações unilaterais, sua relação com essa categoria”, defendeu o deputado Mandetta durante a reunião.
Fonte: AMB
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