Data de publicação: Sexta, 06/06/2014, 19:11h.
Alegando que não receberam o salário de março, os médicos cubanos Raul Vargas, de 51 anos, e Okanis Borrego, de 29, abandonaram o Programa Mais Médicos nesta semana. Assim como fez a também cubana Ramona Rodriguez, que desistiu do programa em fevereiro, eles reclamam que o pagamento feito aos cubanos é mais baixo do que o dos profissionais de outras nacionalidades e que o contrato assinado com o governo da ilha impõe restrições à sua liberdade.
Vargas e Okanis contam com o apoio da Associação Médica Brasileira (AMB), que oferece ajuda a quem quer desistir do programa, para estudar para o Revalida, exame que permite a validação do seu diploma, e arrumar um emprego como médicos de assistência básica no Brasil. O exame deve ser marcado para outubro. Até lá, a AMB se comprometeu a ajudá-los a procurar um emprego que não seja na área médica.
“Ninguém foi obrigado a vir ao Brasil, mas muitos médicos cubanos queriam vir pra cá. Na minha opinião é o país mais desenvolvido da América Latina. Mas quando chegamos, ninguém sabia que ganharíamos menos que os outros médicos do programa. Foi a Ramona que abriu nossos olhos”, disse Vargas.
Os médicos cubanos fizeram pedido de refúgio na Polícia Federal (PF) e no Conselho Nacional de Refugiados (Conare), o que garante que eles não sejam deportados ao longo de um ano, segundo o diretor jurídico da AMB, Carlos Michaelis Jr.
Fonte: CFM com informações do O Globo
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