Data de publicação: Segunda, 16/09/2013, 23:11h.
O Ministério da Saúde proibiu os médicos formados no exterior de conversar com a imprensa na última sexta-feira (13), em São Paulo. A alegação dada por um assessor da pasta, que não se identificou, é a de que isso poderia atrapalhar o grupo, que ainda vai fazer a prova de conhecimentos à tarde.
Durante a manhã, a primeira parte dos 54 médicos formados no exterior -- sendo dez brasileiros -- fez a prova. A Folha tentou conversar com um dos candidatos na calçada da Escola Municipal de Saúde, mas foi impedida.
A reportagem perguntou o que um médico estrangeiro achou da prova. Ele disse que estava "tranquila" e que não teve dificuldade. Nesse momento, o assessor disse que eles [os médicos] não poderiam falar mesmo após a prova. Procurado depois, o ministério disse que não tem a intenção de atrapalhar o trabalho da imprensa.
Não há detalhes sobre a prova, como tempo máximo permitido ou número de questões aplicadas aos profissionais, que deverão começar a trabalhar no próximo dia 23.
O professor de saúde publica João de Deus Gomes da Silva disse que a prova é uma "simulação de atendimento". São expostas situações clínicas e o profissional deve indicar como o paciente deve proceder.
Os testes estão sendo aplicados em sete capitais brasileiras. O primeiro grupo que fez a prova em São Paulo chegou por volta das 8h. A última pessoa deixou a escola às 12h30.
O Ministério da Saúde disse que os profissionais brasileiros deixaram o local antes dos estrangeiros. Isso ocorreu porque todas as questões aplicadas na prova de hoje são em português.
OUTRO LADO
Por telefone, a assessoria de imprensa do ministério disse que "não há por parte do Ministério da Saúde qualquer orientação no sentido de os médicos estrangeiros não falarem com a imprensa. Os médicos têm o livre e arbítrio para falar com a imprensa, porém muitos não querem falar neste momento".
Fonte: Folha de São Paulo
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