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Cristal Sá

Nos dias 8, 9 e 10 de agosto, os acadêmicos de medicina do Piauí farão uma paralisação em protesto contra o programa do governo federal intitulado Mais Médicos. O estudante Wilton Filho, que assumirá a presidência da Sociedade Acadêmica de Medicina do Piauí neste mês, afirma que todas as atividades deverão ser suspensas nas escolas médicas do estado. 

A decisão de paralisar foi tomada durante reunião realizada na sede da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), em Brasília, na sexta-feira (26), na qual Wilton Filho esteve presente. Na ocasião, líderes universitários de medicina do Brasil lançaram uma nota conjunta com as ações a serem adotadas em resposta às propostas do governo federal. 

Uma das estratégias definidas foi a pressão por parte dos alunos para a não adesão das reitorias dos Centros Universitários e Universidades ao programa. A ideia é que os estudantes pressionem os professores/médicos para que não aceitem ser tutores e supervisores dos médicos estrangeiros sem validação do diploma.

"Não aceitamos tutorar estudantes que estão lá para serem explorados em regime de escravidão. Os médicos estrangeiros são bem-vindos desde que tenham seus diplomas validados e certificados pelo exame Revalida e com proficiência na língua portuguesa", explicou o presidente da Fenam, Geraldo Ferreira.

Em coletiva de imprensa na Fenam, Wilton Filho contou aos jornalistas um pouco da experiência que ele e um grupo de 20 estudantes de todo o país tiveram durante viagem a Cuba. “O sistema de saúde cubano é precário, apresenta baixa carga horária na formação dos alunos. Faltam condições básicas de higiene em procedimentos médicos, usam curandeirismo com raízes, entre outros problemas. O povo brasileiro está sendo enganado”, revelou ao ressaltar a importância da aplicação do Revalida aos médicos formados no exterior que desejam trabalhar no Brasil.

Fonte: ASPIMED