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Em audiência no Ministério da Saúde FENAM debate crise na saúde.

O Ministro da Saúde, Marcelo Castro, em Brasília, ouve FENAM sobre a crise da saúde pública no RJ.

Data de publicação: Quinta, 17/12/2015, 16:53h.

Foto: Thamyres Ferreira/MS Em audiência no Ministério da Saúde FENAM debate crise na saúde.

A Federação Nacional dos Médicos (FENAM) participou de audiência com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, em Brasília, nos dias 16 e 17 de dezembro, para tratar da crise que a saúde pública do estado do Rio de Janeiro enfrenta e que pode ser agravada com as festas de fim de ano. Os Hospitais Universitários estaduais e municipais informaram atrasos nos repasses de recursos e as dificuldades em gerir financeiramente as instituições se esses valores não são disponibilizados na data correta e montante corretos.

Os representantes dos Hospitais Universitários (HU) informaram que a falta de recursos estava se tornando incontornável, e que antes em apenas um dos HU trabalhava com aproximadamente 800 leitos, mas que agora, trabalha com 160 e que será reduzido para 150.

No encontro do dia 16 houve dificuldade de entendimento em alguns pontos entre os médicos e os técnicos do Ministério da Saúde, visto que os primeiros denunciavam atrasos enquanto os outros afirmavam estar quites com os repasses.

O diretor de Formação Profissional e Residência Médica da FENAM, José Romano, informou que os secretários municipais e estaduais é quem afirmavam não poder realizar os pagamentos dos profissionais devido à inadimplência do Ministério da Saúde para com as secretarias. “A prefeitura não está quebrada, ela é superavitária”, disse Romano.

Portaria do Ministério da Saúde que permite a articulação com estados e municípios afirma que os gestores têm no máximo cinco dias após o recebimento dos recursos federais para pagar aos Hospitais Universitários.

O secretário de Comunicação da FENAM, Jorge Darze, que também é presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, e que participa ativamente dos movimentos no estado pela melhoria das condições de trabalho sugeriu ao ministro que fosse criado um grupo de trabalho com uma agenda permanente para “que se resolvam crises desse tipo. No Rio de Janeiro temos rede de saúde federal, estadual e municipal. É importante que exista comunicação entre elas”, afirmou.

Ante a inconsistência de algumas informações, onde gestores dos Hospitais Universitários afirmavam não ter recebido repasses e os secretários de Saúde alegavam ser culpa do Ministério da Saúde, que estaria inadimplente, foi solicitado o comparecimento dos dois secretários, o que ocorreu na manhã do último dia 17.

Na audiência do dia 17 os técnicos do ministério da Saúde, os secretários de Saúde do estado e da cidade do Rio de Janeiro, os diretores dos Hospitais Universitários, não chegaram a um consenso sobre os recursos. “Há divergências nas informações, mas eu prefiro aceitar a tese dos diretores dos Hospitais Universitários”, ponderou Darze.

O secretário de Comunicação avaliou a reunião como positiva, mas “as soluções aqui foram homeopáticas. A falta de recursos expões os médicos, pois todos tendem a querer responsabilizar o profissional por maus resultados”.

Foi firmado compromisso de realização de nova reunião, dessa vez na cidade do Rio de Janeiro, a pedido do secretário de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Felipe dos Santos Peixoto.

Na audiência foi solicitada pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ). Também participaram da reunião: o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ), Paulo Queimadelos, o Conselheiro Federal pelo Rio de Janeiro, Sidnei Ferreira, o presidente da Associação dos Médicos Residentes dos Médicos Residentes do Rio de Janeiro, João Felipe Moaraes Zanconato e da presidente eleita da Associação Nacional dos Médicos Residentes, Naiara Costa Balderramas.


Fonte: André Gobo


Fonte: site FENAM



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